segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

TIC-TAC


O consciente me condena a rotina...

Me recorda o amargo passado, transformando em fardo o dia que nasce...

Transforma em cada minuto o suspiro: de prazer à impaciência...

Repete...não me deixa ser inédita...

Ao súbito inconsciente...

Imploro a loucura, que sem pudor me deixa viva, e por ser insana me torna inocente...

E desgarrada de culpa, embebedo-me na simplicidade de tuas palavras, acreditando em cada som que escapa de tua lingua...

Que o tempo pare, e que seus ponteiros sirvam de lança e perfure romantica e lentamente o meu peito, levando daqui tudo o que sou, já não podes me salvar. Porque não se liberta o pássaro do cativeiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tempo, vilão e amigo...

Belo poema... Tempo, amigo e vilão... sem se repitir.