segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

TIC-TAC


O consciente me condena a rotina...

Me recorda o amargo passado, transformando em fardo o dia que nasce...

Transforma em cada minuto o suspiro: de prazer à impaciência...

Repete...não me deixa ser inédita...

Ao súbito inconsciente...

Imploro a loucura, que sem pudor me deixa viva, e por ser insana me torna inocente...

E desgarrada de culpa, embebedo-me na simplicidade de tuas palavras, acreditando em cada som que escapa de tua lingua...

Que o tempo pare, e que seus ponteiros sirvam de lança e perfure romantica e lentamente o meu peito, levando daqui tudo o que sou, já não podes me salvar. Porque não se liberta o pássaro do cativeiro.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Néctar







Ao profano beijo...
o insano resultado...
boca ardente ...
cheia de dente...
mordendo o bico quente do meu seio...
Um desejo venenoso que desce pelos teus dedos...
Provocando cada espaço da pele percorrida....

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Brisa


Enquanto a brisa o não vem...

Há pequenas explicações pelo chão...

Vestígios e ínicios abandonados...

Esperando a mente vagar...

São pequenos vazios...

Carregados de idéias que estavam perdidas!

Sombras


Perdidas, desentendidas, desesperadas, espalhadas.
Sem vida, sem pele, sem osso.
Refletindo sem entender, instanteneamente: esticada, dobrada.
Marcando hora à luz e sucumbido, sumindo, despedindo, descansando na escuridão.